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domingo, 13 de março de 2016

Eu sei quem eu sou


Ela imagina flores
Com cores que não existem em nenhum jardim
Tem amigos imaginários
Que pra toda pergunta respondem ‘sim’

Tem olhos que contam segredos
E medos que ninguém quer revelar
Um mar de rosas imperfeito
Que parte ao meio pra ela atravessar

Ela olha o céu encoberto
E acha graça em tudo que não pode ver
Imagens lentamente derretem
Prometem coisas que ela sabe que nunca vai ser

Ela é leve como o ar
Foi embora e não voltou
Como você e todo o mundo
Eu também finjo que eu sei
Quem eu sou

Ela começa a flutuar
As pessoas passam, olham e não vêem
A cor do céu começa a mudar
Eu não entendo como os outros não percebem também

As regras já não valem mais
Diga adeus à sua paz
Não é bom, não é ruim
Simplesmente é assim


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