Pesquisar este blog

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A Ponte que nós Separa


O uísque consome minhas dores e me deixa leve, eu poderia sonhar com uma garota diferente, mas que droga, eu fecho os olhos e ela está lá, me dizendo aquilo que eu já sei.
Eu adormeci na porta do banheiro, eu chorei sobre todo o desprezo que sinto de mim quando estou em outro mundo, ela estava lá parada sobre a ponte, esperando que eu dissesse algo que a salvasse, mas pelo contrario eu a mandei pro inferno.
Eu queria encontrar uma forma de fazer do amor um aliado meu, e não um inimigo eterno, eu acordei com meu cachorro lambendo meu rosto, acordei na ressaca e não consegui esquecer o que tanto maltrata meu coração.
O uísque não aliviou o meu joelho doente, também não consolou a bela dama que me espera, ela deseja que eu diga a ela que a amo, dentro de mim existe um monstro que morre todo dia, existe esse amor que habita a mais secreta lembrança que guardo, ela exige mais vida nos meus textos, eu exijo que ela pare de viver dentro de mim.
O uísque embreagou a minha alma, eu fumei o meu último cigarro, eu vi o mundo girar, eu chorei sozinho sentado na porta do banheiro, eu queria ser mais forte, eu queria está junto dela.
Agora quem atravessa a ponte sozinho sou eu.
O uísque me deixou paralizo sobre sentimentos que nego, sobre algo que tenho enterrar, sobre tudo que ela nunca mais vai ler ou querer vê, acho que morri, acho que o amor veio, fez uma festa e morreu, ela foi embora, atravessou a ponte que separa o amor do ódio.


Written By: Karrike Bongiovi
21/01/2010 - 01:14 a.m
(Qui)



Um comentário:

Anônimo disse...

Texto diferente, gostei