Eu
rabisquei versos pelos muros da dor e dos sonhos perdidos, eu
desenhei formas para uma figura triste, se muitos viram eu não sei,
eu moldei pessoas ao meu modo e muitos me amaram e odiaram por isso,
pode ter sido bobo, você pode ter chorado, pode ter vivido e
esquecido, mas foram longos sete anos buscando coisas que nunca
cicatrizaram e feridas que estão ai expostas, foram noites ne
expondo, me dilacerando, bêbado, triste, feliz e milhares de
quilômetros do chão. Essa noite eu chego aos 600 motivos para ser
um escritor, estou mais vivo vivendo um dia de cada vez, sofrendo,
chorando, brincando na chuva e inventando palavras. Eu rabisquei
fantasias, emoldurei fotos, desmanchei e montei varias vezes o mesmo
céu e o mesmo coração, eu morro varias vezes e vivi o lado
delicado da vida, há 600 textos atrás eu era alguém diferente do
que sou hoje, eu acordei numa terça feira chuvosa e chata e fui
escrever para única pessoa que eu nunca havia escrito que era para
mim, esse tolo sem graça, que me perdoe as Leilas, as Claras e todas
as musas e pessoas anônimas que foram tão presentes em cada linha e
em cada papel, eu digo aleluia aos céus por ter construído em
palavras um rosto, descrevi as lágrimas, o Sol e o vento que sobrou
a 600 textos atrás. Obrigado por terem escrito os meus sonhos,
minhas frustações e meus pecados, obrigado por exorcizar os
fantasma, por juntar letras, milhões de cigarros e ilusões depois
eu estou aqui sozinho, escrevendo sobre um presente que durará para
sempre.
Escrito
por: Karrike Bongiovi
18/03/2014 02:07 (Ter)
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